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Patrono

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Dom Luís de Ataïde in Lafiteau : Histoire des découvertes et conquestes des portugais dans le nouveau monde.

Tome IV. Paris Amsterdam. Wetstein, & G. Smith. 1736

D. Luís de Ataíde

D. Luís de Ataíde, 3.º conde de Atouguia e primeiro e único marquês de Santarém, (1517 - 10 de Março de 1580 em Goa). Filho segundo de D. Álvaro de Ataíde e de sua mulher D. Maria de Magalhães, era bisneto do 2º conde de Atouguia, D. Martinho de Ataíde.

Foi governador geral da Índia Portuguesa e Vice-Rei da Índia Portuguesa (entre 1568 a 1571 e 1578 a 1581).

Fez armas na África, segundo «Nobreza de Portugal», tomo II, página 332, e, passando ao Oriente, participou da expedição de D. Estêvão da Gama ao Mar Vermelho e foi armado cavaleiro por ele na igreja de Santa Catarina do Monte Sinai. Regressando ao Reino, foi enviado à corte de Carlos V e tomou parte em sua expedição contra os luteranos. Regressando, manteve-se estranho às lutas políticas que se seguiram à morte de D. João III de Portugal a respeito da Regência. Quando D. Sebastião tomou o governo, foi nomeado 10º Vice-Rei da India em março de 1568.

Na Índia

Partiu a 7 de abril e chegou a Goa em 10 de setembro de 1568.

Tratou logo de «introduzia a disciplina nos serviços e manter domínio do mar, para o que fez os maiores sacrifícios, a fim de organizar esquadras que protegessem o comércio e mantivessem rigor na tributação sobre a navegação dos locais. Fez sufocar a revolta de Baticala por uma frota sob o comando de Afonso Pereira de Lacerda. Encarregou Martim Afonso de Miranda da polícia da costa do Malabar, com 20 navios.

Fez dar caça aos corsários, reprimir excessos dos malabares e atacar as força do Samorim por D. Diogo de Meneses. Para garantir a segurança da navegação, conquistou em 1569 as praças de Onor e de Bracelor, cujos portos eram centro de piratas.»

Conseguiu mudar os negócios da India, e os príncipes indígenas se aliaram para expulsar os portugueses. «Ao Hidalcão, que marchava sobre Goa, deveriam ficar pertencendo esta cidade, Onor e Bracelor; ao Nizam Melek, caberiam Chaul, Damão e Baçaim; Diu ficaria para o sultão de Cambaia,» mesmo emvolto em outras campanhas. Cercado em Goa por numeroso exército do Hidalcão, D. Luís de Ataíde conseguiu enviar socorro a Chaul e operar sortidas amiudadas. O Nizam Melek, depois de um grande ataque a Chaul em 29 de junho de 1571, levantou o cerco de Goa. D. Luís demorou as negociações de paz, deixando a seu sucessor o trabalho de as concluir e voltou para Portugal em 6 de janeiro de 1572, terminado seu tempo de governo.

Lisboa

Com o prestígio alcançado, chegou ao Tejo em 3 de julho do mesmo ano, entrou solenemente em Lisboa e foi conduzido debaixo do pálio da Sé à igreja de São Domingos, a direita do Rei.

Como todos os fidalgos ajuizados, reprovou os projetos marroquinos do rei. Escusou-se, quando convidado a chefiar a expedição. Foi então de novo nomeado vice-rei da India, o 12.ª e para lá partiu em 16 de outubro de 1577 com três naus.

O título de conde de Atouguia, o 3.º, lhe foi concedido por carta de D. Sebastião de Portugal em 4 de setembro de 1577.

Marquês de Santarém' foi um título criado em 1580 pelo rei Filipe I de Portugal (II de Espanha).

Outra vez na India

Invernando em Moçambique, chegou a Goa em 31 de agosto de 1578, recebendo o governo de D. Diogo de Meneses. Negociou a paz com o Hidalcão, que a havia rompido, assegurou domínio onde havia pontos de sedição e refreou os excessos da alçada eclesiástica, que provocavam a emigração dos indígenas.

Faleceu pouco depois de ter recebido no Oriente notícias do desastre de Alcácer Quibir, da morte do cardeal-rei e do domínio filipino. Seu cadáver foi depositado na igreja dos Reis Magos em Goa, e trasladado muitos anos depois para o convento do Bom Jesus em Peniche, de que era donatário, e transferidos mais tarde para a igreja de Nossa Senhora da Ajuda.

Casamentos

Casou três vezes mas não teve geração masculina:

· 1 - com D. Joana de Távora Vilhena, filha de Luís Álvares de Távora, 13.º senhor de Mogadouro, e de D. Filipa de Vilhena;

· 2 - com D. Maria de Noronha, filha do 4.º conde de Odemira;

· 3 - com sua sobrinha D. Isabel de Meneses, filha de Tristão da Cunha, comendador de S. Pedro de Torres Vedras, e de sua irmã D. Helena de Ataíde. A viúva professou nas freiras descalças da Madre de Deus. em Lisboa.

A linha feminina faria recair o título em D. João Gonçalves de Ataíde, fidalgo da Casa real, neto de Simão Gonçalves da Câmara, capitão donatário da ilha da Madeira, e de sua 2a mulher D. Isabel da Silva, filha de D. João de Ataíde, conde de Atouguia. Passou-se assim: quando morreu, sucedeu na Casa (mas não no título) seu irmão D. Álvaro Gonçalves de Ataíde, já velho. Era comendador de Santa Maria de Escalhão, casado com sua sobrinha D. Isabel da Silva, filha de seu primo Luís Gonçalves de Ataíde, senhor das Ilhas Desertas, e de sua irmã D. Violante da Silva, sem sucessão. O filho destes, Luís Gonçalves de Ataíde, capitão de Ceuta, senhor das Ilhas Desertas, e comendador de Adaúfe na Ordem de Cristo, casou com Dona Violante da Silva, filha de Francisco Carneiro, secretário do rei D. João III de Portugal, capitão donatário da Ilha do Príncipe, e de Dona Mécia da Silveira. O 4º conde de Atouguia será o filho deste casal, João Gonçalves de Ataíde.

FONTE: Wikipédia em www.wikipédia.pt no dia 1 de Março de 2011 às 22:24.